quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RELATO DA VIAGEM POR TERRAS DE FRANÇA – AGOSTO 2010






Para “memória futura” aqui fica um resumo da viagem (desculpem esta minha falta de capacidade de síntese e acreditem que muito mais há para dizer).


O PLANO
Durante o ano foi crescendo a vontade de fazer um qualquer passeio de Verão pela Europa, para lá dos Pirenéus.
Sendo a primeira vez que tal iria acontecer, o sul de França pareceu-nos um bom candidato. Porque não é muito distante e porque sempre achamos (não sei porquê) que teria belos sítios para visitar e belas estradas para desfrutar numa moto.
Com a data de saída a aproximar-se e sem saber minimamente como desenvolver a ideia consultei uns quantos sites de quem na net vai publicando as suas aventuras. Rapidamente retiramos umas ideias e saiu o roteiro:
PORTO > ARCACHON > BERGERAC > VILLENEUVE SUR LOT > SARLAT > AURILLAC > VILLEFRANCHE DE ROUERGE > ALBI > CARCASSONNE > ANDORA > PORTO
Estavam na calha cerca de 3000 kms para fazer em 7 dias.

A PREPARAÇÃO PARA A SAÍDA
Também andei pela net a ler escritos de quem já se assume com experiência nestas andanças e vai escrevendo sobre esta problemática.
Tudo muito elaborado. Por lá encontrei detalhes de que nunca me lembraria. Perante tanta minúcia e tanto “profissionalismo” decidi … não fazer nada.
Férias é isso mesmo: fazer o mínimo e gozar o máximo. Vai daí limitei-me a, no dia anterior à partida:
- verificar a pressão dos pneus;
- atestar o depósito;
- seleccionar o “enxoval” de modo a que não fosse ultrapassada a capacidade de uma das malas laterais (critério previamente combinado).

Não marquei nenhum hotel.

A VIAGEM
Na vida nem os bons planos se conseguem cumprir.
No decorrer da viagem, por razões meteorológicas e de informações obtidas no terreno em conversas de ocasião, resultou no final este maravilhoso percurso:

PORTO > DAX > ARCACHON > BORDEUS > SAINT-EMILION > BERGERAC > BEYNAC > SARLAT > ROCAMADOUR > ALBI > TOULOUSE > DAX > PORTO

DAX
Tínhamos interesse em chegar a ARCACHON no primeiro dia (900kms na RT é canja).
O facto é que antes de San Sebastien começou a chover e foram 100 kms debaixo de boa chuva, com um trânsito em fila que nos obrigava a andar muito devagar.
Decidimos dormir em DAX, cidade termal situada na zona Basca Francesa, cujas festas populares têm muitas parecenças com as de Pamplona, embora em menor escala (largadas de touros com os destemidos humanos fardados de branco, lenço vermelho, …).
Cidade calma, bom ambiente de rua (até cerca das 20h00 porque em França o pessoal desaparece das ruas por essa hora e só dá sinais de vida no dia seguinte).

ARCACHON
Saímos de DAX em direcção às enormes e famosas DUNAS perto de ARCACHON. Valeu.
Depois disso fomos visitar a cidade e a praia. É uma zona balnear simpática e nessa data plena de turismo.
Acrescento que toda a zona .- AS LANDES – está muito bem tratada apresentando-se muito apelativa para o turismo de camping, hotelaria, …


SAINT – EMILION
ARCACHON pelas costas, vamos seguindo caminho para BERGERAC passando por Bordéus , a partir daqui sempre em estrada nacional, em passeio por uma zona agrícola de paisagem maravilhosa onde não faltam os míticos “Chateaux “ (muitos com alimentação e alojamento, que por nossa má decisão do momento não usufruímos).
À medida que fomos avançando. apercebemo-nos pelos cartazes da existência uma pequena vila património mundial – SAINT EMILION.
Com esta publicidade toda, não podíamos passar ao lado. Fizemos o curto desvio (cerca de 12 kms).
Cuidadosamente conservada, tem todo um detalhe e uma atitude de vaidade fundada que nunca esqueceremos.
Vale a pena visitar e ficar num hotel local. Não se discute o preço perante tanta beleza.


BERGERAC
E agora BERGERAC. Estamos na zona “AC”. Pela estrada as indicações de localidades terminam todas em “AC”. Só não vi CERELAC…
Logo me lembrei dos livros de Asterix com todos aqueles nomes que terminam em “ix”.
Estamos na terra do CYRANO DE BERGERAC.
Mais uma cidade a não perder. A beleza dos espaços é inquestionável. A qualidade de vida para o turista é bem alta.
E ao nível da gastronomia há que consumir um dos muitos e bons VINHOS, FOIE GRAS e ementas várias com pato. São as riquezas gastronómicas desta zona.
E mais não digo…


BEYNAC
Paragem obrigatória. Estávamos em caminho para SARLAT quando deparamos com um sítio tão belo que fomos “forçados a parar e a visitar”.
Montanha de um lado, rio do outro e uma zona histórica imperdível.
E todo um turismo que se vai entretendo nas visitas históricas, na canoagem, na “degustação da paisagem”, … que boa surpresa foi BEYNAC.

SARLAT
Estávamos avisados. Sabíamos que íamos encontrar uma urbe de encher a vista. Confirmou-se.
O único senão é que aqui ainda encontramos mais gente em turismo do que em todas as outras cidades. E com tanta gente fora de casa, fica difícil arranjar alojamento.
Tudo cheio. Que pena ter de ficar num hotel a 4 kms do centro da cidade. Enfim, podia ser pior.
Para contrapor, em SARLAT os Franceses andam na rua para lá da meia-noite. Cidade em festa. Finalmente encontramos uma localidade com um verdadeiro espírito turístico que se estende para além das 20h00.

ROCAMADUR
Recomendaram-nos a visita e para lá fomos.
Mais um caso de património classificado, a não perder.
Fez-me lembrar RONDA no sul de Espanha. Mas maior e mais completa.
E a fazer fé na quantidade e tipo de visitantes, a sua existência é conhecida internacionalmente.

ALBI
Já convencidos que nada nos poderia surpreender chegamos a ALBI e desenganamo-nos. Tal como a famosa canção, ALBI é do tipo “afinal havia outra”.
Recomenda-se a visita.
Já “atestados” de tanta e tão boa vida decidimos não seguir para Carcassonne e Andorra como inicialmente previsto.
Pelos que nos dizem Carcassonne consome muito tempo para ser bem visitada e portanto vai ficar para outra altura em percurso que já estamos a idealizar e de que em devido tempo aqui deixarei a respectiva “pegada”.
Encurtamos caminho por Toulouse, em direcção à fronteira e daí para o Porto.



BALANÇO FINAL
E assim se adicionaram aos nossos curricula, mais 2856 kms, com uma média de 5,3l/100, sem qualquer problema, em estradas de enorme beleza paisagística, num percurso com muita gente em turismo e uma temperatura média de 22/24.ºC (em França).

Claro que tiramos muitas fotos, mas essas eu não vou partilhar (talvez mais tarde).
Ver essas fotos reduzirá o prazer que uma vossa futura visita a estes locais vos pode dar.

AL

2 comentários:

  1. Este post sem fotos é mais ou menos como uma F*d# sem orgasmo...

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  2. Ser crítico é ser impulsionador da mudança.
    Ser boçal é uma inevitabilidade para quem muito lhe falta.

    Ao primeiro darei sempre as boas vindas.
    AL

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